CISTO PILONIDAL – Descubra o que é tipos de tratamento.

Cisto pilonidal

CISTO PILONIDAL – Você sabe o que é isso?

O cisto pilonidal ou cisto sacrococcígeo é uma inflamação crônica que acomete a região interglútea, próximo ao cóccix, ou seja, o nosso cofrinho, como é conhecido popularmente! $$$

Sua causa não é muito bem definida, porém acredita-se que uma predisposição genética, além de atrito, calor e pressão no local estejam envolvidos em sua origem.

Muitas vezes, o cisto pilonidal acaba sendo confundido com um furúnculo, principalmente na sua fase aguda, que é quando a inflamação está no auge e o paciente sente dor e muito incômodo.

Entretanto, o furúnculo é uma infecção aguda da pele que envolve o folículo piloso (pêlo), a glândula sebácea e seu tecido ao redor, podendo portanto acometer qualquer parte do corpo, não apenas a região interglútea.

Já o cisto pilonidal é uma inflamação crônica que acomete somente a região interglútea e pode ou não causar sintomas, dependendo da fase em que a doença se encontra.

Quando há inflamação no local, o paciente geralmente queixa-se de dor, inchaço e vermelhidão, podendo ainda haver drenagem (saída) de pus por um orifício na região, além de febre e mal estar geral.

O tratamento de urgência, quando há inflamação, é a drenagem do pus, normalmente feita pelo cirurgião no pronto socorro, e o uso de antibióticos.

Após a fase aguda, é possível que o cisto se feche e fique seco por um tempo, mas é muito comum os pacientes se queixarem de uma constante drenagem de secreção pela região, mesmo não havendo sinais de inflamação, o que leva à necessidade de um tratamento cirúrgico definitivo.

Há pouco tempo atrás, os pacientes dispunham apenas da cirurgia convencional, que informalmente chamamos de cirurgia aberta. 

E como ela é realizada?

É feita uma incisão no local com remoção completa do cisto. 

Porém, essa técnica apesar de apresentar uma boa taxa de cura, deixa uma ferida aberta de grandes dimensões, com média de cicatrização de 3 meses, necessitando de troca de curativos diariamente, o que resulta em um pós-operatório doloroso e com bastante limitações ao paciente para o retorno às suas atividades diárias.

Felizmente, atualmente dispomos de novas técnicas muito efetivas e menos invasivas para o tratamento desta doença. 

Uma delas é o EPISiT (tratamento endoscópico do cisto pilonidal), que envolve a passagem de uma câmera de fino calibre pelo orifício de abertura do cisto, o que permite a visualização completa de seu trajeto, retirada de pêlos e tecidos inflamatórios de seu interior, e finalizando com a cauterização desse trajeto com o bisturi elétrico, levando ao seu fechamento e rápida cicatrização, quando comparado à técnica aberta.

Outra técnica inovadora que também vem sendo muito utilizada é a técnica a laser, que consiste na passagem de uma fibra (cateter) pelo orifício de abertura do cisto, que emite uma energia (laser) por todo o seu trajeto, levando à sua ablação (fechamento), conferindo ao pós-operatório uma rápida cicatrização e maior conforto ao paciente, quando comparada à técnica convencional de cirurgia aberta.

Você tem alguma dúvida sobre cisto pilonidal? Mande para mim nos comentários para eu poder auxiliar.

Dra. Marília Marcelino

Médica Cirurgiã e Coloproctologista

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